Caído Mas Não Derrotado

Os servos de Deus no Antigo e Novo Testamentos tiveram que lidar, não só com as mesmas questões que temos que lidar hoje no Brasil, como com algumas muito piores, pois além das injúrias, sofreram açoites, prisões e muitos pagaram com a própria vida. Se eles vivessem em nossos dias, dentro das nossas fileiras, com as mesmas situações, não duvido que haveria uma proposta de uma terapia, desenvolvida por algum sábio deste mundo, a fim de organizar a vida desses santos e ajudá-los a lidar melhor com suas aflições.

Todos eles, porém, lidaram com suas duras questões, calcados em pilares capazes de sustentar suas vidas em tempos de tribulação e aflição: Tinham o Senhor como refúgio e como Aquele que socorre nas tribulações (Sl.46.1); Tinham o Senhor como escudo (Sl.18.1-6); Confiavam na presença e na Palavra de Deus (Sl.119.105-112); Confiavam que acima de tudo havia um Deus soberano supervisionando cada circunstância de suas vidas (Sl.139); Buscavam conselho na Palavra de Deus (Sl.119.24); Reconheciam a superioridade da Palavra de Deus quando contrastada com os demais recursos (Sl.119.96).

Para citar apenas alguns deles no Antigo Testamento, Jó, por exemplo, perdeu seus bens, os filhos e teve sua saúde terrivelmente prejudicada. O rei Davi teve que lidar com a dura realidade da traição de um amigo íntimo, talvez um de seus conselheiros (Sl.55.4-8,12-14). Sua experiência com esse amigo teve reflexos orgânicos (Sl.55.4). O salmista não nega a realidade das aflições em sua própria vida e o impacto delas em seu corpo (Sl.102.3-7). Jeremias teve que lidar com a solidão e a feroz oposição à mensagem que anunciava da parte de Deus. Foi abandonado por sua família e por seus amigos (Jr.11.21; 12.6).